Morte de Paulinha Abelha ainda é investigada e laudo indica possíveis causas

A causa da morte da cantora Paulinha Abelha, que foi vocalista da banda Calcinha Preta, segue sendo investigada. A artista morreu no dia 23 de fevereiro aos 43 anos, em Aracaju, após ficar dias em coma. Segundo divulgado pelo “Domingo Espetacular”, da Record TV, depois de dar entrada no Hospital Unimed Sergipe com um mal-estar acompanhado de vômitos, ela foi diagnosticada com insuficiência renal e hepática aguda e também com um quadro de meningoencefalite, que é uma inflamação do cérebro e das membranas que o revestem. Como a cantora apresentou uma piora neurológica após sua internação, ela precisou ser entubada. Paulinha foi transferida depois de sete dias para o Hospital Primavera, onde permaneceu em coma e não resistiu. O atestado de óbito divulgado na atração dominical da Record indica que uma das causas da morte foi a meningoencefalite, diagnosticada 10 dias antes de Paulinha morrer. Além disso, consta no laudo que a morte também foi causada por hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.  

Um dos exames feitos no período em que esteve internada, indicou uma alteração no liquor, um líquido que está presente em cavidades do cérebro e da medula espinhal. Isso indicaria a possibilidade de Paulinha ter morrido por uma infecção. No entanto, outros exames a que Record teve acesso indicam outras possibilidades. Um dos exames identificou duas substâncias no organismo de Paulinha, sendo uma delas a anfetamina, que são estimulantes que agem no sistema nervoso central e são encontradas em um remédio tarja preta que costuma ser usado para tratar déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O medicamento aparece em uma receita médica no nome de Paulinha prescrita pela nutróloga que a acompanhava. O remédio gera perda de apetite e de peso, mas também pode causas náuseas e vômito. 

Na receita também consta com outros medicamentos, como antidepressivo, redutor de apetite, suplemento alimentar, regulador de sono, estimulante, calmantes naturais, cápsulas para memória e concentração, além de uma fórmula que promete dar saciedade e reduzir medidas. Uma das substâncias encontradas nessa fórmula é a erva asiática Garcinia cambogia, que, segundo a reportagem da Record, pode levar a casos de hepatite fulminante. Outro medicamento leva morosil, um extrato do suco das laranjas vermelhas que promete combater a gordura localizada, mas pode afetar de forma agressiva o fígado. Os exames de Paulinha também identificaram a presença de barbitúricos no seu organismo. Essa substância não aparece em nenhum dos medicamento prescritos pela nutróloga, mas costumam estar presentes em remédios usados como sedativos. Clevinho Santos, viúvo de Paulinha, disse que ainda espera respostas e quer saber se os sedativos usados na artista nos dois hospitais em que ela esteve internada continham barbitúricos. Ele também aguarda o resultado da biópsia que foi feita nos rins da cantora.

FONTE: UOL

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