Homem mais rico do mundo assume o controle de rede social após turbulenta batalha de aquisição
O presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, e o diretor financeiro, Ned Segal, teriam sido demitidos enquanto Musk assume as rédeas, afirmam pessoas familiarizadas com o negócio. O bilionário também teria demitido Vijaya Gadd, chefe da área jurídica, política e de segurança da rede, e o conselheiro geral Sean Edgett.
De acordo com a Reuters, os executivos estavam na sede da rede social quando o acordo foi fechado e foram escoltadas para fora.
As ações do Twitter serão suspensas da negociação na Bolsa de Nova York na sexta-feira (28), de acordo com o site da instituição.
O acordo conclui uma compra que tem sido imprevisível e sem precedentes e coloca Musk, um autodenominado “absolutista da liberdade de expressão”, no comando de uma plataforma que é popular entre os políticos globais e na qual milhões de usuários em todo o mundo confiam como fonte de notícias.
Musk prometeu cortar empregos e custos do Twitter, ao mesmo tempo em que aumenta a inovação de produtos na tentativa de construir um “super app” que incorpore pagamentos, comércio e mensagens.
Ele também prometeu afrouxar as regras de moderação de conteúdo na plataforma, incluindo reverter proibições permanentes, abrindo caminho para o ex-presidente dos EUA Donald Trump, que foi expulso após o ataque ao Capitólio dos EUA, retornar à plataforma.
Espera-se que Musk atue como o executivo-chefe até que ele escolha uma nova liderança. Ele já começou a abraçar seu novo papel com um estilo excêntrico característico, visitando o escritório do Twitter em São Francisco na quarta-feira (26) para se encontrar com funcionários enquanto carregava uma pia, em referência à expressão em inglês “sink [pia] in”, que pode ser traduzida como “entenda isso”.
Ele também disse a alguns funcionários que não pretendia cortar 75% dos empregos, negando uma reportagem do Washington Post, segundo uma pessoa familiarizada com a situação.
Adotando um tom mais sério nesta quinta, Musk procurou tranquilizar os anunciantes –que compõem a maior parte da receita anual de US$ 5 bilhões da plataforma– que o Twitter não se tornaria “um inferno livre para todos” e que “aspirava a ser a plataforma de publicidade respeitada no mundo”.
Em abril, Musk concordou em comprar o Twitter por US$ 54,20 por ação. Alguns meses depois, ele processou a empresa na tentativa de desistir do acordo, alegando que a rede social enganou investidores e reguladores sobre dados referentes a contas falsas e segurança cibernética.
A empresa de mídia social fez uma contraofensiva na tentativa de forçar Musk a fechar a aquisição, provocando uma batalha legal.
Apenas algumas semanas antes de os dois se enfrentarem em um tribunal de Delaware (EUA) sobre o assunto, Musk anunciou que estava disposto a comprar a empresa pelo preço originalmente acordado se a ação legal fosse retirada.
O Twitter resistiu a uma resolução imediata e o tribunal ordenou que as partes encontrassem uma maneira de fechar o acordo até 28 de outubro ou enfrentassem um julgamento em novembro.
Fonte: folha.uol.com.br