Elon Musk fecha acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter, diz jornal

Homem mais rico do mundo assume o controle de rede social após turbulenta batalha de aquisição

SAN FRANCISCO | FINANCIAL TIMES – Elon Musk fechou um acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter, de acordo com três pessoas familiarizadas com o assunto, encerrando a sagas de meses de disputas legais entre o homem mais rico do mundo e a rede social

O presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, e o diretor financeiro, Ned Segal, teriam sido demitidos enquanto Musk assume as rédeas, afirmam pessoas familiarizadas com o negócio. O bilionário também teria demitido Vijaya Gadd, chefe da área jurídica, política e de segurança da rede, e o conselheiro geral Sean Edgett.

De acordo com a Reuters, os executivos estavam na sede da rede social quando o acordo foi fechado e foram escoltadas para fora.

As ações do Twitter serão suspensas da negociação na Bolsa de Nova York na sexta-feira (28), de acordo com o site da instituição.

Elon Musk publicou uma carta aos anunciantes do Twitter na manhã desta quinta (27) – Dado Ruvic/Reuters

O acordo conclui uma compra que tem sido imprevisível e sem precedentes e coloca Musk, um autodenominado “absolutista da liberdade de expressão”, no comando de uma plataforma que é popular entre os políticos globais e na qual milhões de usuários em todo o mundo confiam como fonte de notícias.

Musk prometeu cortar empregos e custos do Twitter, ao mesmo tempo em que aumenta a inovação de produtos na tentativa de construir um “super app” que incorpore pagamentos, comércio e mensagens.

Ele também prometeu afrouxar as regras de moderação de conteúdo na plataforma, incluindo reverter proibições permanentes, abrindo caminho para o ex-presidente dos EUA Donald Trump, que foi expulso após o ataque ao Capitólio dos EUA, retornar à plataforma.

Espera-se que Musk atue como o executivo-chefe até que ele escolha uma nova liderança. Ele já começou a abraçar seu novo papel com um estilo excêntrico característico, visitando o escritório do Twitter em São Francisco na quarta-feira (26) para se encontrar com funcionários enquanto carregava uma pia, em referência à expressão em inglês “sink [pia] in”, que pode ser traduzida como “entenda isso”.

Ele também disse a alguns funcionários que não pretendia cortar 75% dos empregos, negando uma reportagem do Washington Post, segundo uma pessoa familiarizada com a situação.

Adotando um tom mais sério nesta quinta, Musk procurou tranquilizar os anunciantes –que compõem a maior parte da receita anual de US$ 5 bilhões da plataforma– que o Twitter não se tornaria “um inferno livre para todos” e que “aspirava a ser a plataforma de publicidade respeitada no mundo”.

Em abril, Musk concordou em comprar o Twitter por US$ 54,20 por ação. Alguns meses depois, ele processou a empresa na tentativa de desistir do acordo, alegando que a rede social enganou investidores e reguladores sobre dados referentes a contas falsas e segurança cibernética.

A empresa de mídia social fez uma contraofensiva na tentativa de forçar Musk a fechar a aquisição, provocando uma batalha legal.

Apenas algumas semanas antes de os dois se enfrentarem em um tribunal de Delaware (EUA) sobre o assunto, Musk anunciou que estava disposto a comprar a empresa pelo preço originalmente acordado se a ação legal fosse retirada.

O Twitter resistiu a uma resolução imediata e o tribunal ordenou que as partes encontrassem uma maneira de fechar o acordo até 28 de outubro ou enfrentassem um julgamento em novembro.

Fonte: folha.uol.com.br

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