O ronco discreto é considerado normal. No entanto, se for persistente, pode indicar problemas de saúde grave, como a apneia obstrutiva do sono (SAOS), doença manifestada pela obstrução da via aérea ao nível da garganta, que leva a uma parada na respiração. O alerta é do otorrinolaringologista do Grupo Hapvida Carlos Diego.
Segundo o especialista, o processo leva, em média, 20 segundos, mas pode chegar até a dois minutos e acontecer diversas vezes durante o sono. Sem respiração, os órgãos não são devidamente oxigenados, o que aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, além de estreitar os vasos sanguíneos.
Por sua vez, o coração precisa se esforçar mais para manter o bombeamento do sangue. Com o desgaste, podem surgir doenças cardíacas, como hipertensão, arritmia, infarto e AVC (derrame cerebral). Além disso, a pessoa pode ter dificuldade de memória, falta de concentração, irritação e ansiedade ou depressão.
Diagnóstico
Por estar dormindo, muitas vezes a pessoa não percebe que ronca, logo, alguém precisa avisá-la do que está acontecendo. É importante aceitar ajuda. Para ter certeza do diagnóstico, o médico poderá solicitar um exame que monitora o sono com equipamentos eletrônicos chamado polissonografia.
Tratamento
Os tratamentos existentes são muitos e dependem muito do grau do problema. Às vezes uma simples mudança postural e orientação para perda de peso resolvem o problema. Em casos mais complexos, o tratamento inclui implantes no palato (céu da boca), dispositivos intraorais, aparelhos para auxílio respiratório e até mesmo cirurgia para desobstrução das vias aéreas superiores.
Prevenção
- procurar ajuda especializada de médico ou dentista e seguir as orientações em caso de obstrução nasal, rinite, alergia, refluxo gastroesofágico, bruxismo (ranger de dentes noturno), etc;
- manter o peso adequado;
- evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas;
- procurar dormir de lado, utilizando colchão e travesseiro adequados;
- manter a pressão sanguínea em níveis adequados;
- praticar atividades físicas.
Fonte: ASCOM/ HAPVIDA