O último levantamento florístico do Parque, feito em 2002, catalogou 75 espécies de plantas. A PPP vai complementar esses dados, atualizando e aprofundando os estudos sobre essa vegetação.
A parceria público privada (PPP) do Zoobotânico de Teresina, cuja licitação foi retomada esta semana, vai reinventar os modelos de preservação e cuidado dos animais e plantas do parque, com ações de controle de fauna e flora. O espaço terá um sistema de monitoramento e acompanhamento da população de animais e também um inventário de plantas, que seria um censo das árvores do Parque Zoobotânico abrangendo identificação, mapeamento, marcação e medição de espécies vegetais.
Para Graça Arrais, doutora em botânica pela Universidade de São Paulo (USP), atualizar o catálogo das árvores do Zoobotânico de Teresina é importante para melhor planejar e executar ações de manejo e cuidado do parque, observando as necessidades específicas de cada planta. “No inventário de plantas é feita a identificação botânica das espécies, baseadas em características morfológicas e anatômicas, entre outras. Isso é muito importante para que se possa fazer um diagnóstico ambiental que auxilia em ações de conservação e reestruturação da flora”, comenta.
Um dos propósitos da PPP é devolver à cidade de Teresina o Parque como um grande e diferenciado local de lazer inclusivo, turismo e integração com o meio. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, turismo ecológico é aquele que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação e a formação de uma consciência ambientalista, e promovendo o bem-estar das populações. Nesse sentido, a PPP vai consolidar o Parque Zoobotânico como um espaço onde o conhecimento e o contato com a natureza dão condições de trabalhar a importância da vida silvestre para melhoria da qualidade de vida da população em geral.
Segundo a superintendente do Programa de PPP Piauí, Viviane Moura, o projeto vai focar no fortalecimento da pesquisa e da educação ambiental no parque e na interação com o meio ambiente, aproximando fauna, flora, ser humano e terra. “Hoje as pessoas só caminham e olham para os animais e árvores no Zoobotânico, mas não têm acesso ao conhecimento sobre as espécies. Vamos introduzir o conceito de visita voltada para educação ambiental atrelada ao lazer de forma sustentável e responsável”, explica.
Da Redação