A sessão solene na Assembleia Legislativa do Piauí para a posse de Regina Sousa no cargo de governadora do estado foi aberta pelo presidente Themístocles Filho exatamente no horário marcado, às 9h30 da manhã. Uma comissão de deputados se dirigiu à presidência para conduzir o governador Wellington Dias e a futura governadora Regina Sousa ao plenário Waldemar Macedo. Ele para fazer a leitura do termo de renúncia do cargo de maior mandatário do estado, ela para tomar posse do maior espaço de poder no Piauí.
A ex-quebradeira de coco de Divinópolis, zona rural do município de União, Maria Regina Sousa, entra para a história por ser a primeira mulher a chegar efetivamente ao cargo de governadora do Piauí e a segunda negra a torna-se governadora de um estado brasileiro – a primeira foi a ex-empregada doméstica Benedita da Silva, ex-governadora do estado do Rio de Janeiro, ambas do Partido dos Trabalhadores.
No plenário da ALEPI, Regina Sousa fez o juramento à Constituição Estadual e pronunciamento bastante aplaudido. Regina Sousa disse que (ser governadora do Piauí) ela recebe como missão de Deus, pois nem nos sonhos mais dourados imaginava chegar onde chegou. Ela também respondeu aos dizem que ela é governadora sem voto. “Fui legitimada pelo voto sim. Estou aqui por direito. Aos que questionam essa legitimidade, eu digo que fiz parte de uma chapa como reza a regra eleitoral. Não há eleição para vice em nenhuma esfera e minha foto estava lá na urna ao lado do meu companheiro Wellington Dias”.
Passava das 11 horas da manhã quando a nova governadora do Piauí chegou ao Palácio de Karnak, onde passou em revista a tropa, para, em seguida, receber das mãos de Wellington Dias a faixa governamental.
Como primeiro ato, nomeou Antônio Neto para a Secretaria de Estado de Governo e entregou simbolicamente títulos de terra a quebradeiras de coco da região dos municípios de Esperantina, São João do Arraial e Campo Largo, no norte do estado.
Entre outras ações, a governadora do Piauí, Regina Sousa, prometeu focar na diminuição da pobreza, no fortalecimento da agricultura familiar e na criação do Centro de Cultura da Paz, apontado por ela como a grande obra física dos nove meses de mandato como governadora.