Lateral ídolo do Flamengo é responsável pelo Instituto Léo Moura, que vem sendo ajudado por políticos ‘aliados do Governo Federal’, revela portal: ‘Sinto-me um cara abençoado’
Agora empresário, o ídolo do Flamengo e ex-jogador do Grêmio Léo Moura teve seu nome envolvido em um recorde, neste domingo. De acordo com o portal Estadão, a ONG do lateral-direito foi a instituição que mais recebeu verba pública em 2021 da Secretaria Especial do Esporte do Governo Federal como uma entidade que promove treinamento de futebol para crianças e adolescentes. Mais de um terço da quantia total foi destinada ao projeto.
Segundo o portal, a ajuda provém de uma proximidade do ex-atleta com políticos aliados do governo de Jair Bolsonaro (PL). Desde 2020, os “padrinhos” dos pagamentos à ONG que mais chama a atenção são o deputado bolsonarista Luiz Lima (PSL-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado. Léo Moura é apoiador do atual presidente da República.
Ao todo, mais de R$ 41,6 milhões (36,5%) do chamado “orçamento secreto” foram destinados para apoiar o ex-defensor, campeão nacional com o Flamengo em 2009. O portal ainda aponta que o repasse faz parte de uma prática comum entre “aliados do Planalto”, onde bilhões de reais do dinheiro arrecadado pelo país são enviado para parlamentares, sem necessariamente um critério estipulado, e que visa um apoio político no Congresso Nacional.
Segundo especialistas, o dinheiro recebido pela ONG de Leonardo Moura é considerado além do comum. O Ministério da Cidadania, onde atualmente está a Secretaria Especial do Esporte, alega que são repasses obrigatórios e arbitrários de acordo com a decisão dos políticos.
O Instituto Léo Moura recebeu, apenas entre 2020 e 2021, mais do que as confederações de esportes olímpicos, como a Confederação de Desportos Aquáticos (R$ 9,1 milhões), Ginástica (R$ 8,4 milhões), Vôlei (R$ 8,4 milhões) e Boxe (R$ 7,1 milhões). Assim como, o valor nas mãos da ONG do ex-atleta é o dobro do montante recebido pela Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBD), que é a segunda colocada, com R$ 27,5 milhões.