O que é um aneurisma? Entenda o que houve com Juliette

Em entrevista para Pedro Bial, campeã do BBB 21 revelou diagnóstico de possível aneurisma

A campeã do BBB 21, Juliette Freire, revelou, em entrevista ao programa “Conversa com Bial”, na última quarta-feira (09), que foi diagnosticada com um aneurisma em agosto de 2021. Meses depois, no entanto, após a realização de exames mais complexos, os médicos afirmaram que não se tratava de um aneurisma e sim de uma formação atípica e rara.

“Me despedi! Tomei anestesia geral, fui para a mesa de cirurgia já com a certeza de que se terminasse ali estava tudo bem. Fiz minha parte. Aí acordo e o médico diz: ‘Não tinha aneurisma. Todos tinham certeza, eu já estava escolhendo o tamanho da sua prótese’. É uma formação atípica, que raríssimas pessoas têm. Ele acredita que foi um caso em um milhão. Eu acredito que foi um milagre, porque minha vida é isso. Vivo de milagres. Estou aqui”, desabafou Juliette.

Entenda o que é aneurisma

Felizmente, o diagnóstico inicial de Juliette não estava correto. A ex-sister, que já teve casos da doença em sua família, ficou aliviada ao receber a notícia de que ela, na verdade, não tinha um aneurisma. Afinal, essa condição costuma ser um problema sério de saúde e que, em casos mais graves, pode até provocar a morte.

Um aneurisma, segundo o Ministério da Saúde, é a dilatação anormal de uma artéria. Algo que pode ocorrer em diversas áreas do corpo, como cérebro, coração, rim ou abdômen. Os do tipo cerebral e da aorta torácica e abdominal são os que apresentam as mais altas taxas de mortalidade.

“Aneurismas grandes ou muito próximos a estruturas nervosas, como os próximos aos nervos oculomotores – que movimentam os olhos, podem causar efeitos compressivos, levando ao mal funcionamento de estruturas cerebrais. Um dos sintomas dos aneurismas próximos aos nervos oculomotores é a visão dupla, causada pela dificuldade de movimentação de um dos olhos”, explica o Dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião, médico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“A mortalidade, quando há ruptura de um aneurisma, pode chegar a 50% instantaneamente; 50% dos que sobrevivem e chegam ao hospital podem morrer nos primeiros dias. É uma situação dramática e gravíssima, que justifica ações rápidas e precoces para diagnóstico e tratamento”, completa o neurocirurgião.

Causas, importância do diagnóstico precoce e tratamento

Um indivíduo pode nascer com um aneurisma ou adquiri-lo durante a vida. Além de heranças genéticas, as principais causas do problema estão relacionadas com um estilo de vida sedentário, má alimentação, tabagismo e alto consumo de álcool.

No entanto, um aneurisma, geralmente, é um problema silencioso. Portanto, quando ele começa a dar sinais e provocar sintomas como dores de cabeça, náuseas e vômitos, é provável que o paciente já esteja enfrentando uma fase mais avançada da doença. Por esse motivo, é fundamental realizar consultas e exames periódicos, para detectar e investigar possíveis indícios.

“Com o desenvolvimento da tecnologia de imagem médica, hoje temos a angiotomografia, com uma qualidade de imagem tão boa e que, por ser um exame menos invasivo e mais disponível, tem sido usado como primeira escolha em casos de investigação”, conta o Dr. Valadares.

“Sabemos a probabilidade de sangramento de um aneurisma baseado na sua localização, seu tamanho e pela idade do paciente. Aneurismas pequenos raramente sangram e, quando são diagnosticados em pacientes idosos, raramente precisam de tratamento. Por outro lado, aneurismas pequenos em pessoas jovens podem crescer e ter risco maior de ruptura, justificando as vezes tratamentos mais precoces”, finaliza o neurocirurgião.

Fonte: terra.com.br

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