Além da internet gratuita, a PPP Piauí Conectado também leva um projeto de loja on-line para o quilombo, onde os moradores poderão expor e vender seu artesanato para todo o mundo.
O projeto Mimbó Conectado, que será inaugurado oficialmente neste domingo (27), é uma transformação social na era digital. Através da PPP Piauí Conectado, a tradicional comunidade quilombola receberá seis pontos de acesso público e em todas as casas que possuem estudantes. Para além dos pontos de internet, o projeto também vai garantir os aparelhos para conectividade, com a distribuição de tablets para todas as crianças acima de 5 anos matriculadas na escola e seus professores, e para os empreendedores que trabalharão com a loja virtual.
O Quilombo Mimbó fica na zona rural de Amarante, a 170km de Teresina, e é o primeiro a contar com o serviço de fibra óptica banda larga para todos. “São mais de 600 pessoas que sempre viveram à margem da sociedade e agora podem ter novas oportunidades de vida e crescimento através da tecnologia. A comunidade tem projetos lindos de incentivo ao desenvolvimento e a geração de renda na comunidade, por meio da produção têxtil, e vamos fomentar isso com a internet e a lojinha virtual para comercialização do artesanato local”, destaca a superintendente de Parcerias e Concessões, Viviane Moura.
Um dos projetos na comunidade é a capacitação em reaproveitamento de retalhos, ministrada pela artista plástica Kalina Rameiro. O objetivo é estimular as mulheres a produzirem mais, a criarem a própria marca, e saberem quais os produtos são mais vendáveis e como calcular o valor das peças. Segundo a dona de casa Orisnete Paixão, moradora do Mimbó, a criação de uma marca vai mudar a realidade da comunidade. “A expectativa é muito grande em ter nossa própria renda. E o Mimbó vai ser conhecido mundialmente com a internet”, ressalta.
Para o diretor-presidente da Piauí Conectado, Emerson Silva, é de suma importância inserir a comunidade no cenário internacional. “Tenho certeza de que, com o poder da coletividade, podemos fazer isso através não só do artesanato, mas também da educação e do conhecimento, com a conectividade que estamos trazendo”, comenta.
Da redação