Ex-secretária municipal diz que ataques são descabidos, mas apoia modelo de sociedade e não Lula
A publicação foi feita nas redes sociais dela neste sábado (29). Ela afirma que não se trata de uma defesa do petista, mas sim de um modelo de sociedade, apesar de ataques do PT ao seu pai.
Durante o debate, Lula disse que Jair Bolsonaro (PL) “recebeu o governo de um golpista chamado Michel Temer, do qual ele ajudou a derrubar a Dilma [Rousseff, do PT]“.
Luciana é ex-secretária municipal de Assistência Social, durante a gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo, entre 2013 e 2016. O período coincidiu com o impeachment de Dilma.
“Muita gente me perguntando aqui se vou continuar a defender um homem que chamou meu pai, Michel Temer, de golpista em rede nacional. Quem me conhece sabe o quanto eu amo e admiro esse meu pai. Mas deixa eu explicar uma coisa para quem ainda não entendeu. Eu não defendo um homem, defendo um modelo de país, eu defendo um modelo de sociedade”, afirmou.
No vídeo, ela afirma que esse modelo não é possível com um governante que desrespeita instituições, que é favorável a crianças não frequentarem a escola, que é favorável ao armamento das pessoas, que tem falas e atitudes machistas, racistas e homofóbicas.
“Não é definitivamente esse país que quero deixar para os meus filhos e meus netos. Aliás, não é um país que eu quero para mim hoje. Por isso, eu voto 13. Não é uma defesa do Lula, é uma defesa de um modelo de sociedade”, disse.
Antes da manifestação da filha, Temer já havia se incomodado com o assunto.
Ainda durante o programa, ele telefonou para o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), para perguntar se Simone Tebet (MDB) seguirá apoiando Lula. A senadora acompanhou Lula no evento.
Um dos argumentos de Temer a Baleia é o de que, se ele é golpista, a senadora também é, por ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016.
O ex-presidente fez a Baleia um trocadilho que tem usado quando é chamado de golpista. Disse que o que houve no Brasil naquele momento foi um “golpe de sorte”.
Fonte: folha.uol.com.br