Durante a 28ª semana epidemiológica em Teresina, que corresponde de 10 a 16 de julho, foi registrado redução de 15% do número de casos de Covid-19. Os números confirmam as projeções do Comitê Municipal de Operações Emergenciais (COE), da Fundação Municipal de Saúde (FMS), e mostram que o pico de casos já foi atingido.
Os cálculos da FMS apontam que o pico ocorreu, no dia 9 de julho de 2022. Desde então, houve redução no número de casos confirmados semanalmente. Os dados estão disponíveis no boletim epidemiológico da 28ª semana epidemiológica de 2022.
De acordo com o virologista e neurologista da FMS Marcelo Adriano, a previsão do pico de casos tinha sido possível pela constatação da redução dos atendimentos por síndrome gripal (SG) nas semanas anteriores. Os atendimentos por síndrome gripal são o indicador mais sensível e precoce da Covid-19.
Além disso, os números de casos confirmados estavam cada vez menores entre as semanas epidemiológicas, até que, na semana passada, foi verificada estabilização desse número.
“Ainda que a utilização do autoteste possa gerar algum grau de subnotificação, a maioria absoluta da população teresinense depende do sistema público para testagem, de forma que os resultados destes exames não alteram significativamente as projeções e as tendências verificadas, por meio dos diversos indicadores averiguados pelo COE-FMS”, disse Marcelo Adriano.
O boletim aponta ainda que a redução de casos confirmados ocorreu de forma harmônica com a redução nos atendimentos por síndrome gripal, com a diminuição na demanda por testes de antígeno nas unidades básicas de saúde e por testes RT-PCR, junto ao Lacen-PI e com a estabilização do número de novas internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Segundo o infectologista do COE Walfrido Salmito, “como as hospitalizações por SRAG são prolongadas, atualmente, o número de pacientes internados por Covid-19 permanece elevado, por conta do caráter cumulativo das internações, levando a uma taxa de ocupação de leitos crescente. De forma análoga, é esperado que o número de mortes pela doença permaneça elevado ainda por algumas semanas, a despeito da queda do número de novas infecções, pois os casos de óbitos por Covid-19 ocorrem geralmente três a quatro semanas após a hospitalização”.
O presidente da FMS, Gilberto Albuquerque, reforça que “para que eventuais casos não se convertam em hospitalizações ou mortes, o fundamental é a vacinação, incluindo as doses de reforço para aqueles com última dose aplicada há mais de quatro meses”.
Fonte: SEMCOM