Em suas redes sociais, o clube Sírio disse que se solidariza com a família do lutador pelo “lamentável incidente ocorrido” durante um evento “realizado por terceiros”. A instituição também informou que colabora com as autoridades responsáveis pela investigação.
O Grupo Pixote também se manifestou sobre o ocorrido e escreveu, nas redes sociais, que lamenta “profundamente o ocorrido ontem a noite no Clube Sírio onde estávamos nos apresentando”. “Nossos sentimentos aos familiares e amigos do lutador Leandro Lo. Desejamos luz e paz neste momento”, escreveu a banda.
O lutador de MMA Demian Maia, especialista em jiu-jitsu, prestou homenagem a Lo e sua família em redes sociais. “Muito mais importante do que como você se foi é como você viveu. E que vida você teve. Descanse em paz Leandro”, postou Maia.
Segundo conhecidos do campeão mundial, o atirador era faixa roxa de jiu-jitsu e, na teoria dos colegas, sabia quem era Lo. Ainda de acordo com colegas de Lo, sua morte comoveu a comunidade do jiu-jitsu (policiais entre eles, inclusive), que já organiza um protesto para este domingo.
HISTÓRICO DO POLICIAL
O tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, apontado pela polícia e por testemunhas como autor do tiro contra Leandro Lo, tinha no histórico o envolvimento em outra confusão há cinco anos. Na época, ele foi acusado por outros policiais de agressão e desacato em uma casa noturna da capital.
Segundo a denúncia recebida pela 1ª Auditoria da Justiça Militar, no dia 27 de outubro de 2017, por volta das 4h20, Velozo estava na The Week, na Lapa, zona oeste, de folga, quando praticou violência contra outro oficial de nível hierárquico inferior, ao desferir socos em um soldado que havia sido chamado para atender a uma ocorrência no local.
Segundo a acusação, PMs foram acionados ao endereço após Velozo se envolver em uma confusão no interior da balada. Ele alega que apenas agiu para separar sete pessoas que agrediam a um primo seu.
“Em dado momento, o soldado [a reportagem suprimiu o nome do policial] se afastou do denunciado e esticou o braço, em nítida intenção de mantê-lo a distância. Neste instante, o tenente Velozo desferiu um soco no braço do soldado. Em seguida, o denunciado desferiu outro soco, visando acertar o rosto soldado”, cita trecho da denúncia.
Se mostrando “exaltado” e “nervoso”, Velozo teria então passado a agredir verbalmente um outro tenente que chegou ao local, dizendo: “você é meu recruta”, “seu covarde”, além de diversos palavrões.
O Ministério Público optou pela condenação de Velozo por ter praticado violência contra inferior, pelos socos dados contra o soldado, e por desacato. No entanto, o tenente Velozo foi absolvido das duas acusações. Houve recurso da decisão, e o processo está em análise na segunda instância no Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
Fonte: folha.uol.com.br