Banco Central: veja como consultar valores a receber e calendário

Transferências bancárias serão liberadas conforme o mês de nascimento

SÃO PAULO – A nova consulta ao Sistema de Valores a Receber do Banco Central já está no ar e os brasileiros podem saber se têm dinheiro esquecido em bancos ou não.

O Banco Central criou um calendário de liberação das transferências bancárias, que varia de acordo com o ano de nascimento do cidadão ou da criação da empresa. Apenas a partir da data definida será possível saber o valor exato que poderá ser resgatado. Para fazer a consulta, basta informar o CPF e a data de nascimento ou CNPJ e a data de abertura da empresa.

Para nascidos antes de 1968, as transferências poderão ser solicitadas entre os dias 7 e 11 de março. Já para nascidos após 1983, a liberação ocorrerá entre 21 e 25 de março. Há ainda um período de repescagem para quem perder a data definida.

VEJA O CALENDÁRIO DE LIBERAÇÕES DAS TRANSFERÊNCIAS

Nessas datas quem tem dinheiro a receber saberá quanto poderá sacar

Data de nascimento (pessoa física) ou de criação da empresa Período de agendamento (consulta e resgate) Data de repescagem (para quem perder a data agendada)
Antes de 1968 7 a 11/3 12/mar
Entre 1968 e 1983 14 a 18/3 19/mar
Após 1983 21 a 25/3 26/mar

Quando receber o agendamento, é necessário conferir se foi para o período de 4h às 14h ou de 14h às 24h. Se esquecer ou perder a data e o período agendados, basta fazer a consulta novamente para confirmar a informação. No caso de quem não voltar ao sistema no período definido, o calendário prevê uma data para repescagem.

SAIBA MAIS SOBRE A CONSULTA AO DINHEIRO ESQUECIDO

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O início da consulta começou algumas horas antes do previsto. Às 22h45 desse domingo (13), já era possível saber se há dinheiro para receber ou não.

Para quem tiver dinheiro, o sistema informará uma data para retornar ao site, conhecer os valores disponíveis e solicitar sua transferência, a partir de 7 de março. O dinheiro deverá ser depositado via Pix, TED ou DOC em até 12 dias úteis.

Esta segunda consulta exigirá uma conta no portal gov.br com nível de segurança ouro ou prata, considerados mais seguros. Ou seja, quem descobriu que tem dinheiro para receber deve atualizar seu cadastro gov.br para poder consultar quanto receberá e pedir a transferência. Veja abaixo o passo a passo.

Tela do site do Banco Central mostra que há valores a receber e o período em que será necessário fazer nova consulta para saber quanto terá para sacar e pedir a transferência. – Reprodução

QUEM NÃO TEM DINHEIRO PODERÁ FAZER NOVA CONSULTA EM 2 DE MAIO

No caso de quem não tem valores a receber nessa primeira etapa, o sistema informa que o cidadão poderá fazer uma nova consulta a partir de 2 de maio deste ano, na segunda fase de liberações.

Nesta primeira etapa, terão direito a reaver o dinheiro esquecido titulares de contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível. Serão ainda devolvidas tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em termo de compromisso assinado pelo banco com o BC.

Além disso, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados também poderão ser reavidos.

O Banco Central prevê que na segunda etapa de liberações, que deve ocorrer ainda em 2022, serão disponibilizados também os valores de tarifas e parcelas cobradas indevidamente em operações de crédito, como empréstimos e financiamentos. Também devem entrar valores de contas de corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, finalizadas com saldo.

VEJA O PASSO A PASSO PARA RESGATAR O DINHEIRO

Mãos de manequim seguram notas de real, em fundo rosa
Cédulas de real – Gabriel Cabral/Folhapress

1) Consulte se possui valores a receber

  • Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br
  • Informe o CPF e a data de nascimento ou o CNPJ e a data de abertura da empresa
  • Se houver valores a receber, o sistema informará uma data para que retorne ao site e solicite o dinheiro disponível, a partir de 7 de março
  • Ainda não será possível saber o valor que poderá ser resgatado

2) Se tiver dinheiro esquecido nos bancos, verifique seu cadastro Gov.br

  • Será exigido um cadastro Gov.br nível prata ou ouro para consultar os valores e transferir o dinheiro
  • O cadastro gratuito é feito no site ou pelo app Gov.br (Google Play e App Store)
  • Informe seu CPF, selecione as opções de Termo de Uso, Não sou robô e clique em Continuar

Como aumentar o nível de segurança da conta

  • Após acessar a conta no gov.br, clique na opção “Privacidade” e, em seguida, em “Gerenciar lista de selos de confiabilidade” e autorize o uso de dados pessoais
  • A página mostrará o nível de segurança da conta e a lista de opções para “adquirir novas confiabilidades do gov.br”, ou seja, aumentar a segurança

Para obter nível prata

  • Para quem tem a biometria já cadastrada no Denatran, o sistema dá opção de validação com esses dados
  • Em “Selos de Confiabilidade”, clicar em “Cadastro via Internet Banking do [nome do banco]” e seguir os passos do banco para acessar sua conta e validar os dados por meio do acesso da conta bancária

Se o usuário for cliente do Bradesco, por exemplo, os passos seguintes para obtenção do nível prata através da conta bancária serão, segundo o banco:

  • Clique em “Continuar” na página em que aparece a mensagem “O site Gov.br quer acessar algumas informações de seu perfil”
  • Em seguida, informe os dados da conta bancária, como agência e número
  • Acesse o aplicativo do Bradesco e selecione “Chave de Segurança”
  • Em seguida, selecione “Validação digital”
  • Escaneie o QR Code e digite o código de oito dígitos gerado no aplicativo
  • Digite a senha do internet banking
  • Na página de autorização, leia o termo de consentimento e clique em “Autorizar”
  • Aparecerá a mensagem “Autorização efetuada” e o usuário será direcionado para o site Gov.br

Para obter nível ouro

  • Opção para quem tem biometria cadastrada nas bases do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)

3) Descubra quanto você tem para resgatar e peça a transferência do dinheiro na data agendada

  • No dia definido pelo sistema do Banco Central, volte ao site valoresareceber.bcb.gov.br
  • Será necessário logar no SVR com sua conta gov.br nível prata ou ouro
  • Acesse o sistema, descubra o valor disponível e solicite a transferência, informando uma chave Pix
  • Se solicitar o resgate sem informar uma chave Pix, o usuário deverá ser contatado pelo banco em que optou receber o dinheiro para informar os dados da transferência via TED ou DOC. Atenção: o banco não pedirá senhas
  • Se a data não for respeitada, será preciso voltar na data da repescagem definida pelo Banco Central

4) Receba o dinheiro

O dinheiro deve ser depositado via Pix, TED ou DOC pelo banco em até 12 dias úteis

CONSULTA É FEITA EXCLUSIVAMENTE NO NOVO SITE

A consulta e solicitação dos valores acontece exclusivamente através do endereço valoresareceber.bcb.gov.br. Não é possível fazer o procedimento através do site do Banco Central ou Registrato, como disponibilizado nos primeiros dias de divulgação do serviço, em janeiro. A mudança foi feita após queda do site do banco em 25 de janeiro em razão do alto volume de acessos.

Os bancos são os responsáveis pelos valores e devem ser consultados em caso de reclamação. O BC também disponibiliza um canal para reclamações e atende o público por meio do número 145 (há custo de ligação local na chamada). Instituições financeiras podem tirar dúvidas sobre o serviço pelo email valoresareceber@bcb.gov.br.

Segundo o BC, aqueles que não conseguirem solicitar a devolução do dinheiro não precisam se preocupar. “Eles são seus e continuarão guardados pelas instituições financeiras o tempo que for necessário, esperando até que você solicite a devolução”, comunicou o banco no novo site.

O BC divulgou que há, no total, R$ 8 bilhões, no total, que podem ser recuperados. Haverá uma segunda fase de resgate de valores esquecidos.

A maior parte do dinheiro que começou a ser liberado pelo Banco Central foi esquecida por pessoas físicas, e não por empresas. Dos 27,9 milhões de beneficiários que poderão ter acesso aos valores na primeira etapa de pagamentos, 26 milhões são de CPFs e 1,9 milhão é de titulares de CNPJs.

Fonte: folha.uol.com.br

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