Aos 27 anos, o ator Davi Lucas que atuou em novelas de sucessos da Globo, como Êta Mundo Bom e Alma Gêmea, não deseja retornar à novelas nem tão cedo. Feliz na carreira de psicólogo, ele descarta totalmente a fama e não a enxerga como algo tão positivo.
Em conversa exclusiva ao Entretê, o atual profissional da saúde relembrou dos trabalhos na emissora carioca, falou sobre a sua paixão pela psicologia, e ainda opinou sobre a cultura de cancelamento nas redes sociais. Ele também respondeu sobre uma suposta “decepção” entre os bastidores das produções que trabalhou, visto que de repente poderia ser um dos pilares para que resolvesse abandonar de vez qualquer tipo de exposição na TV.
Entretê-Você se apaixonou pela psicologia em qual momento?
Davi Lucas: No momento em que eu saí da graduação e vi que Psicologia não tem nada a ver com o que me foi ensinado na faculdade (e nem é piada).
Entretê- Na época, como surgiu o convite/teste para atuar em Alma Gêmea ?
Através de agência de atores mirins. O tradicional.
Entretê- Você não pensa mais em atuar em novelas de forma alguma?
Se o projeto for extremamente interessante, eu penso.
Entretê- Se sente realizado com a profissão de psicólogo?
100%. Estudo Psicologia e faço psicologia 90% do meu dia. A psicologia, enquanto ciência, é uma das coisas mais lindas que o ser-humano já desenvolveu. A Terapia Cognitivo Comportamental, o Behaviorismo, as bases científicas que nos ajudam a entender as determinantes dos comportamentos…lindo demais!
Novela cansativa
-Você atuou em Êta Mundo Bom. Como foi estar nesse projeto?
Cansativo. Eu já estava me despedindo, internamente, da atuação. Já sabia que seria meu último trabalho antes de parar. Foi, de fato, a minha última experiência para eu saber, concretamente, que não queria prosseguir como ator.
Entretê- Davi, você teve alguma infelicidade profissional como ator durante a época que esteve no ar?
Não sei o que você está chamando de “infelicidade profissional”, mas, se você está perguntando acerca de não estar feliz trabalhando, a resposta é: sim muita coisa. (risos) A maior parte dos meus trabalhos na TV eu fiz sem saber muito o propósito. Como toda pessoa que começou a trabalhar muito cedo, eu sabia que tinha que trabalhar. O motivo? Não entendia muito bem…
Entretê- O que acha da cultura de cancelamento?
O cancelamento desvela, pra mim, o que há de mais nojento, abjeto, podre, no ser humano: a covardia. Cancelar é atitude de covarde.
Fonte: terra.com.br