Ministério da Saúde passa por mais uma troca de comando em plena pandemia do novo coronavírus
“A vida é feita de escolhas, e eu escolhi sair”, disse o agora ex-ministro da Saúde.
Teich afirmou que deixou um plano de trabalho pronto para ser seguido, após realizar visitas em cidades atingidas pelo coronavírus. Ele ressaltou que o trabalho do Ministério da Saúde deve ser feito em conjunto com governadores, prefeitos, secretários estaduais e secretários municipais.
“A gente iniciou as visitas nas cidades mais atingidas, e é fundamental estar na ponta para entender o que acontece no dia a dia, ver o que está sendo feito. Esse entendimento foi fundamental para o desenho de ações que foram implementadas em seguida. E isso é uma preparação para outras cidades”, declarou.
Teich também fez uma série de agradecimentos ao empenho de profissionais de saúde que trabalham no atendimento às vítimas de covid-19. O ex-ministro elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS) e destacou que foi “criado pelo sistema público”, por ter cursado medicina e feito residências em faculdades federais. Ele frisou ainda que sua intenção ao assumir o posto foi ajudar o país durante a crise.
“Eu não aceitei o convite pelo cargo. Eu aceitei porque achava que podia ajudar o Brasil e ajudar as pessoas”, disse.
A saída do ministro acontece um dia depois de uma reunião via teleconferência realizada entre o presidente Jair Bolsonaro e empresários do país. No encontro, Bolsonaro questionou o protocolo do Ministério da Saúde sobre o uso da hidroxicloroquina e afirmou que a diretriz iria mudar.
A pasta autoriza o uso da medicação para pacientes em estado grave, mas não assegura a eficácia, por falta de embasamento científico. O protocolo é o mesmo de quando o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta estava à frente ao cargo. A posição foi endossada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Fonte:cartacapital.com.br