Rosa Weber assume presidência do STF e quer tribunal fora do foco nas eleições

Ministra Rosa Weber assume nesta segunda-feira (12) o comando da corte suprema

BRASÍLIA – Com posse marcada para esta segunda-feira (12), a ministra Rosa Weber, que assume a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), pretende que os primeiros meses da sua gestão não fiquem marcados por polêmicas que atraiam a corte para o centro das atenções.

Qualificada desde sempre como uma ministra avessa aos holofotes, Rosa quer evitar que o STF vire palco de controvérsias pelo menos até o fim das eleições. Apesar de sua discrição, ela tem sinalizado, porém, que eventuais ataques à corte ou ao Judiciário serão respondidos com firmeza.

Nos últimos anos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados têm elevado o tom contra os magistrados do Supremo.

Para marcar a discrição com a qual pretende conduzir sua gestão, Rosa planejou uma posse sem o tradicional coquetel e também sem jantar oferecido por associações de magistrados.

Mas para a cerimônia foram chamados os principais nomes dos Três Poderes. São 1.300 pessoas convidadas, das quais 350 estarão no plenário do Supremo.

A lista inclui o atual e os ex-presidentes da República, os chefes do Legislativo, os candidatos ao Palácio do Planalto, os chefes e os integrantes dos tribunais superiores, além de parlamentares.

Para marcar a impessoalidade da posse, ela deixou claro que os convidados foram chamados para o evento por meio do cerimonial.

Até a noite da sexta-feira (9), Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversários nas eleições e líderes nas pesquisas de intenção de voto, ainda não haviam confirmado presença.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), responsável pela indicação de Rosa Weber ao Supremo em 2011, informou que não poderá comparecer.

Estão confirmados no evento os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do ex-presidente José Sarney (MDB) e do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos).

Na pauta do Supremo, Rosa deve manter um planejamento diferente de seus dois últimos antecessores, Dias Toffoli e Luiz Fux.

A ministra não tem a intenção de pautar com antecedência os casos a serem julgados pelo tribunal nos próximos meses. Decidirá, ao menos em um primeiro momento, com poucas semanas de antecipação o que os 11 ministros do tribunal votarão nas sessões da corte.

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