Presidente da Alepi repudia tentativa de CPI contra Padre Júlio Lancellotti

O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado estadual Franzé Silva (PT), usou suas redes sociais para repudiar, nesta quinta-feira (4), a tentativa de vereadores de São Paulo abrirem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam no centro da cidade, tendo também como alvo o padre Júlio Lancellotti.

Na visão de Franzé Silva, a CPI é “mais uma tentativa de, calando as pessoas e instituições que que defendem, amparam e protegem as pessoas em situação de rua, propagar a intolerância, o desrespeito e a eliminação dos mais pobres, negando a eles cidadania e a própria vida digna, nosso bem maior. Essa CPI deflagra a aversão, a rejeição, o ódio aos pobres”.

Padre Júlio Lancellotti é vigário episcopal da Arquidiocese de São Paulo para o Povo da Rua, exercendo o trabalho de coordenação, articulação e animação de serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade. Lancellotti vem denunciando, há anos, ataques do poder público e a falta de políticas públicas concretas para a população em situação de rua.

“Atacar o Padre Júlio é apenas a ponta do iceberg. O desprezo e intolerância aos mais pobres quer ir mais além”, enfatiza Franzé, que é autor de leis voltadas à população de rua no Piauí – a Lei Nº 8.060/2023, que proíbe uso de intervenções hostis nos espaços livres de uso público, e a Lei Nº 8.062/2023, que cria o Observatório sobre Políticas Públicas para População em Situação de Rua.

População de rua no Brasil

De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a partir do relatório “População em situação de rua: diagnóstico com base nos dados e informações disponíveis em registro administrativo e sistemas do Governo Federal”, divulgado em setembro de 2023, o Brasil tinha 236.400 pessoas (1 em cada mil) vivendo em situação de rua, em 2022.

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