Menores que lobos, cães siberianos dependiam dos humanos para comer

Descoberta ajuda a explicar o crescimento inicial da população canina

WASHINGTON | AFP – ​Há 7.400 anos, os cães siberianos eram muito menores que os lobos, o que os tornava mais dependentes dos humanos para se alimentar, inclusive de espécies marinhas, destaca uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22).

Robert Losey, professor da Universidade de Alberta e diretor do estudo publicado na Science Advances, disse que as descobertas ajudaram a explicar o crescimento inicial da população canina, à qual os humanos recorreram para tarefas de casa, pastoreio e transporte em trenó.

Pesquisas anteriores haviam se concentrado apenas em duas ideias principais para explicar como os cachorros deixaram de ser lobos, um processo que começou há cerca de 40 mil anos.

A primeira dessas premissas é que os lobos mais amigáveis se aproximaram dos acampamentos humanos durante a era do Gelo para buscar carne, isolaram-se de suas contrapartes selvagens e, então, foram criados intencionalmente como cães.

Para estudar as dietas dos cães da antiguidade com maior profundidade, Losey e seus colegas analisaram os restos de cerca de 200 desses animais e de 200 lobos que viveram nos últimos 11 mil anos.

“Tivemos que recorrer a coleções por toda a Sibéria, analisamos ossos, pegamos amostras de colágeno e estudamos a proteína nos laboratórios”, afirmou.

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