Maria Selma de Souza trabalha como auxiliar de serviços gerais na Escola Antonio Medeiros Filhos e na manhã desta sexta – feira, 24, durante limpeza da escola foi picada na mão por um maribondo, ao procurar o posto de saúde Ana Nery não foi atendida pelo médico de plantão.
Maria Selma diz que passou meia hora no sol em frente à UBS porque ninguém a mandou entrar na unidade de saúde. Segundo ela, dentro estavam duas atendentes e o vigia, o médico chegou em seguida, mas não fez o atendimento. Maria Selma é diabética e estava com medo do que pudesse acontecer porque estava sentindo dormência de um lado do corpo.
“Estava me sentindo mal, a mão dormente, muita dor, a mão inchou de repente e tava um lado todo dormente até o pé, por isso procurei o posto. O médico chegou trocou de roupa, colocou a bota e ficou de papo com as atendentes e eu lá no pé do portão no sol quente esperando uma decisão. Depois, eles só fizeram entrar para a cantina e ninguém veio me dar satisfação”.
Sentindo dores, Maria Selma foi tomar remédio por conta própria em casa. Ela ainda ligou para a enfermeira chefe da UBS, Andreia Martins, que mandou um remédio para ela.
Sou o médico do posto, fico muito triste com essa situação. Estávamos aguardando o carro com as EPIs. Nesse tempo de pandemia, não podemos deixar os pacientes entrarem livremente no posto, para segurança dos funcionários e dos próprios pacientes. Para atendimento médico, há necessidade de triagem e ainda não estávamos completos. Na minha chegada, avaliei que nenhum paciente em espera estava na iminência de morte. E infelizmente no setor público, as pessoas tem a tendência de não aceitarem fila. TODOS os pacientes que esperaram a equipe chegar e se paramentarem, foram atendidos nesse dia, sem EXCEÇÃO. É lamentável que falar mal, criticar, sem estar vivenciando DE DENTRO, ativamente nas funções do posto, seja fácil. Já apresentar soluções concretas, realmente contribuir pra tornar a sociedade melhor, é bem mais difícil.