Crises de ansiedade entre jovens se tornam mais frequentes

Entre as consequências causadas pela pandemia da covid-19, a situação de adolescentes e jovens chama atenção para a saúde mental.

Uma pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) referente ao ano de 2021, revelou que 19% dos adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos se sentem mais deprimidos ou sem interesse em fazer as coisas. No Brasil, esse percentual é maior, chegando a 22%. Esta situação já levou 90% dos países pesquisados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a incluir saúde mental e apoio psicossocial em seus planos de resposta à Covid-19, mas permanecem grandes lacunas e preocupações.
Segundo o psicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa Júnior, a explosão de doenças mentais relacionadas à pandemia da covid-19 é ainda mais acentuada entre os jovens. “Foi difícil para todo mundo. Ainda estamos nos adaptando e, principalmente, para os jovens que viram toda a dinâmica mudar e de repente perder toda uma liberdade”, explica o especialista.

Para Carol, o desencadeamento de muitos transtornos sócio-emocionais agravaram o processo de saúde mental. Ele explica que um dos transtornos mais comuns entre os adolescentes é a ansiedade e chama atenção para o fato de que vários sinais são dados e que é preciso ficar atento a eles. “A gente começa a ver sinais não só da ansiedade, como da depressão. Muitos começam a ter insônia, o sono fica logo impactado; seja dormir muito ou dormir pouco. Choro fácil, taquicardia, tremores, sudorese e dores no corpo. Isso a gente chama de psicossomatização. Vamos ficar atentos a estes sinais que são os mais comuns”, explica.

Sintomas e cuidados

O psicólogo Carol Costa Júnior explica que, além de estar atento aos primeiros sintomas, é necessário distinguir a situação de ansiedade comum e, também, da situação que atrapalha a vida, tirando o jovem da sua rotina. “Além do suporte emocional dos pais, familiares e amigos, é essencial ter o auxílio dos profissionais que lidam com este público, diariamente, como por exemplo, os professores, que podem ajudar a identificar possíveis problemas ou riscos com o aluno que esteja passando por essa situação”, explica. Carol explica que somente essa ajuda vai encaminhar corretamente o tratamento que em alguns casos necessita da indicação de medicação e só o psicólogo pode encaminhar o paciente à ajuda médica especializada.

Fonte: ASCOM HAPVIDA Piauí

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